METRO DO PORTO RECUPERA CONTAS MAS AINDA TEVE PREJUÍZO DE 13,4 MILHÕES DE EUROS

Na passada sexta-feira, a 30 de maio, a Assembleia Geral da Metro do Porto reuniu para a aprovação das contas relativas ao exercício de 2024. O destaque recaiu sob “a colocação em serviço comercial de cerca de três km de infraestrutura” (troço entre Santo Ovídio e Vila D'Este, na Linha Amarela), dada a “importância na estratégia da empresa” e “ no futuro do ecossistema de mobilidade da região”, como afirmou Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto. 

Relativamente aos níveis de procura da Metro, estes voltaram a subir ao registar 89,8 milhões de validações anuais, mais 13,4% face a 2023. A justificativa centra-se no facto da “Metro do Porto ter aumentado a produção em torno dos 10%, a quilométrica dos 9,8% e a comercial dos 10,5%, com mais lugares/passageiros também pelo impacto da nova frota de veículos CT, já a operar integralmente”. Isto traduziu-se no desempenho social e ambiental da empresa, com ganhos anuais estimados em 274,5 milhões de euros.

Da ótica financeira, a taxa de cobertura global aumentou 12,6 pontos percentuais em comparação com 2023, ao registar o valor de 134,5%. Da mesma forma, os resultados líquidos mantiveram-se no negativo, apesar da melhoraria de 70,5% em relação ao período homólogo, com um aumento de 13,7% das receitas, para os 74,7 milhões de euros. Detalhando, face ao ano anterior, a Metro do Porto registou um crescimento de 17% no EBITDA (Lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização), que se cifrou em 61.907 milhões de euros. Contudo, a empresa voltou a ter prejuízo no resultado líquido, com um saldo negativo de 13,4 milhões de euros. No ano anterior, o prejuízo foi de 56 milhões de euros. 

Quanto às infraestruturas realizadas, nomeadamente, a extensão da Linha Amarela, da Linha Rosa, da Linha Rubi e do metroBus Boavista permitiu uma execução orçamental de 202 milhões de euros. 

A empresa de transportes públicos ferroviária do Porto está ambiciosa com o “objetivo dos 150 milhões de clientes a alcançar no horizonte 2030”, mas com uma meta sustentável dado o compromisso “com um ecossistema de mobilidade cada vez mais inclusivo” e “centrado nas pessoas”, efetivou Tiago Bessa. 

Notícia atualizada às 13h de 3 de junho. Em causa, a especificação da diferença entre o valor positivo do EBITDA  e o resultado líquido, que foi negativo.