
Lágrimas e esperança em Gaia na missa pela Ucrânia
O Bispo do Porto, D. Manuel Linda, correspondeu há meio ano ao apelo da comunidade ucraniana que reside no Grande Porto, cerca de duas mil pessoas, e chamou e acolheu o padre Luka. Tornando assim possível que a liturgia segundo o rito greco-católico decorresse todos os domingos no Seminário Cristo-Rei, em Santa Marinha, Gaia. Mas, esta semana, a missa foi antecipada para a noite da passada quinta-feira, quando as tropas russas já galgavam terreno em território ucraniano. Quatro dezenas de ucranianos que residem em Portugal, muitos já com nacionalidade portuguesa, juntaram-se no seminário gaiense e a emoção sentida, por um grupo maioritariamente formado por mulheres e com algumas crianças também presentes, não pode ser traduzida aqui em palavras. Apenas podemos dizer que lágrimas e esperança juntaram-se neste momento emocionante que O Gaiense acompanhou, numa sala destinada ao culto greco-católico junto da capela do seminário. Nesse local, todos os sábados, os mais pequenos reúnem-se de manhã para aulas de ucraniano e de matemática, sob a direção da professora Alyona Smertina. Depois da missa, Ivan Muzyshay, um dos líderes da comunidade ucraniana no Porto, residente na Maia e em Portugal “há muitos anos”, tratou de organizar um pequeno secretariado que vai promover a ajuda ao povo ucraniano que já está a abandonar aquele país.