O RUI JÁ NÃO É JUÍZ. ANDRÉ VENTURA QUE SE CUIDE.
Ele correu e saltou. Berrou. Intimidou. Resguardado na sua condição de juiz, Rui Fonseca e Castro achava que podia fazer o que queria, nomeadamente insultar toda a gente que lhe aparecia na frente. Enganou-se. Não, um juiz não pode fazer o que quer e lhe apetece. Um juiz é um dos principais guardiões das leis, mas são eles os primeiros a ter o dever de as cumprir. O juiz ‘negacionista’ achou que não e acabou demitido. Já não é juiz. Foi para a rua. Tem de mudar de profissão. Segundo a deliberação do Conselho Superior da Magistratura (CSM), "a sanção de demissão implica imediato desligamento do serviço" do juiz Rui Fonseca e Castro, que pode ainda recorrer nos próximos 30 dias desta deliberação para o Supremo Tribunal de Justiça, embora o recurso não suspenda a decisão tomada. Esta decisão do CSM é a medida sancionatória mais grave. Mas não acabará aqui a ‘saga’ do juiz. Ele vai ter que responder por muitas outras ‘ofensivas’, nomeadamente os insultos ao Presidente da Assembleia da República. Quem não se lembra da forma arrogante, malcriada, como Rui Fonseca e Castro se dirigiu aos polícias, quando ia entrar para o tribunal? "Não me toque e ponha-se no seu lugar. Eu sou uma autoridade judiciária e o senhor está abaixo de mim", disse a um dos agentes da PSP à porta do CSM. O problema, felizmente, é que ‘acima’ dele estava o Conselho Superior da Magistratura. E o CSM mostrou-lhe que a arrogância com que tratou aqueles polícias não é admissível em qualquer cidadão e, por maioria de razão, num juiz. Sim, o CSM colocou-o no lugar dele. Ou seja, na rua. Onde ele, aliás, costuma juntar a sua gente para, entre outras coisas, negar o que a maioria do país e do Mundo, viu: a pandemia. Mas, agora no desemprego, ou me engano muito, ou André Ventura vai passar a ter um concorrente de peso na sua área política.