E a guerra continua...
As armas continuam a disparar sobre pessoas indefesas. Os ucranianos continuam a fugir - os que podem - e a morrer os que não têm a sorte de encontrar um caminho que os leve a um país vizinho que os possa acolher. Nesse mesmo período, há conversações.
Os aliados da Ucrânia falam de apoio militar. Que sim, que vão dar aviões para eles se defenderem, mas, entretanto, com medo das retaliações da Rússia, recuam. E, nesse período, caem bombas numa maternidade e morrem mais alguns ucranianos, incluindo crianças. Ao mesmo tempo, Rússia e Ucrânia, enviam delegações para negociar não se sabe bem o quê. Abrem, dizem, uns corredores humanitários. Mas, quando as pessoas estão em fuga, voltam a cair mais bombas que matam mais alguns ucranianos e desabam mais alguns edifícios.
E o Mundo continua a ver morrer gente e cidades a serem destruídas. Pela televisão. Os que sofrem, no epicentro da guerra, pela voz do presidente Zelensky, clamam por ajuda. Suplicam, mesmo.
Contam ao Mundo as atrocidades. Mas a sua voz não é ouvida. Alguns líderes mundiais ligam a confortá-lo. A dizer para esperar. Ele olha para o lado, indefeso, e vê gente a morrer. E espera. Espera por uma solução que tarda em aparecer. Entretanto, a sociedade civil, indiferentes à ‘indiferença’ e cautelas dos governos, mobilizou-se em apoio às vítimas da guerra, numa missão solidária talvez nunca vista no Mundo. Uma ação conjunta de afetos. Que aconchega alguns corações, mas que não chega a todos. Porque a guerra continua!